O condimento milenar chegou a ser um grande vilão quando o assunto é saúde. A quantidade de sódio – o principal componente que contribui para doençar cardiovasculares e pressão arterial – pode variar de acordo com os tipos de sal e tem limite estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda o consumo máximo de 5 g.
Com a produção mundial em longa escala do sal, sua essência natural não desenfreou a demanda: seu refinamento garante a exatidão na hora de mensurá-lo em receitas e uniformidade mais veloz em preparos. Porém, a praticidade pode ter um preço alto: o procedimento químico retira a potencialidade de seus minerais.
A grande variedade de sais presentes no mercado expandiu o leque de possibilidades em cada tipo de preparo. Algumas versões do condimento têm ganhado mais destaque na gastronomia: de efeito crocante e sabor suave, o sal do Himalaia e a Flor de Sal podem garantir um toque especial a saladas e outras opções de pratos garde manger.
Veja a seguir os principais tipos de sal e as sugestões de uso:
Sal refinado
É um dos mais consumidos do mundo e o que possui menos nutrientes, resultado do processo químico que garante o refinamento. Uma de suas vantagens é que pode ser medido de maneira exata se comparado a sais de grânulos grossos. Versátil, pode ser utilizado em todos os tipos de preparo como assados, saladas e massas.
Sal grosso
Por não passar pelo mesmo processo químico que o refinado, esse tipo preserva mais nutrientes. Bom para temperar carnes de churrascos ou as que serão cozidas (ajudam a preservar a umidade interna das carnes).
Sal de cura
Utilizado para conservar carnes, esse tipo mineral é composto por 94% de cloreto de sódio e 6% de nitrito de sódio.
Sal marinho
Resultado da evaporação das águas do mar. Pode vir nas versões refinada e não-refinada e ser cristalizado ou moído. Sua concentração de sódio é a mesma do sal comum e seu formato é mais rústico: os grãos são mais irregulares se comparados ao sal comum.
Sal Kosher
É puro e refinado. Geralmente é utilizado pelos judeus para fazer conservas, mantendo a nitidez da salmoura. Ele não contem carbonato de magnésio. Mais denso do que o sal comum, deve ser utilizado com cuidado.
Sal saborizado
Consiste em qualquer tipo de sal que recebe ervas ou legumes desidratados na moagem. Pode ser comprado em supermercados ou empórios, mas pode ser preparado em casa.
Flor de sal
Seus grãos são transparentes e delicados é resultado dos cristais da camada mais externa das salinas após a evaporação das águas do mar. Geralmente é mais utilizada em saladas devido a sua textura crocante: a dica é acrescentar esse tipo de sal após o preparo dos pratos. É produzido em diversas regiões como Guèrande, localizada no norte da França.
Sal negro
De origem indiana, é recolhido em regiões vulcânicas. A quantidade de enxofre, mineral comum nessas áreas, resulta em uma coloração acinzentada e ao mesmo tempo rosada. Tem um forte cheiro de enxofre e é utilizado para temperar aves e peixes durante o cozimento e até ser utilizado para dar um toque final aos pratos. Tem pouco sódio e seu consumo é recomendado a hipertensos e também é utilizado em tratamentos de medicina ayurvédica.
Rosa do Himalaia
É considerado um dos sais mais antigos e mais puros do mundo. Produzido na cadeia montanhosa do Himalaia, é rico em minerais como magnésio e cobre. Sua composição tem pouca concentração de sódio, o que garante outras propriedades além do sabor salgado. Tem sabor suave e é retirado de uma grande profundidade, o que encarece seu custo.
Sal havaiano
De cor avermelhada, esse sal é composto pela argila alaeca, cujo dióxido de ferro resulta na coloração forte. A quantidade de sódio é praticamente a mesma do sal comum, porém tem um sabor suave e pode ser utilizado em saladas, carnes e massa.
Sal defumado
Há vários tipos de sal defumado e dois métodos diferentes: assim como os embutidos, a defumação pode ser feita de maneira artesanal ou química. Na artesanal, o produto passa por um processo de envelhecimento em barris de carvalho ou sobre o fogo com a aromatização de pedaços de madeira conhecidos pelos fortes aromas, como a cerejeira e o carvalho. Na produção artificial, são acrescidos a sais grossos ou refinados aromatizantes e corantes artificiais que reproduzem as características resultantes da defumação.
Fonte: Epochtimes